terça-feira, 2 de junho de 2009

Um homem e quatro “Raparigas”

Ana, Teresa, Madalena e Mila são os nomes das mulheres visitadas por Rodrigo, um sedutor jovem, prestes a casar e que decide voltar ao passado para pedir desculpa por as ter deixado.
Jéssica Athayde, Núria Madruga, Cátia Ribeiro, Marta Melro e André Nunes subiram ao palco da Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, e apresentaram a peça de teatro cómica “Raparigas”, de Neil Labute, com encenação de Almeno Gonçalves.
A acção reflecte sobre os “infindáveis receios da plena entrega de um sedutor e jovem escritor face à eminência do casamento”, adiantou a Casa das Artes. Por isso, Rodrigo, o protagonista e único homem da história, vai marcando encontros com as mulheres que mais magoou no passado, em quartos de hotéis de diferentes cidades. As personalidades distintas das quatro “Raparigas” animaram os espectadores que encheram o Grande Auditório da Casa das Artes.
A primeira a ser visitada é Ana, interpretada por Jéssica Athayde, uma mulher romântica, do Porto, que agora casada e com dois filhos confessa nunca ter esquecido Rodrigo.
Teresa, interpretada por Marta Melro, é a segunda rapariga com quem conversa e que é obrigada a recordar o passado com Rodrigo. Descrevendo-se como “demasiado maluca”, Teresa é uma das mulheres com quem o protagonista satisfez mais fantasias sexuais.
No quarto número 127, em Aveiro, Rodrigo recordou as suas escapadelas com Núria Madruga na pele de Madalena. Esta é uma mulher mais velha, mais madura e já casada na altura em que se conheceram. Depois de ter traído o marido, Madalena é a única que pretende vingança.
Mais realista era Mila, interpretada por Cátia Ribeiro, a rapariga que Rodrigo deixou por ter um fetiche com a sua irmã gémea.
Mila acaba também por ser a única das “Raparigas” que descobre que o sedutor marcou estes encontros para conseguir recolher histórias para escrever na revista onde trabalha.
Esta viagem acaba por ser simultaneamente um mergulho nas emoções do escritor onde acaba por ter de encarar as consequências do “terrorismo emocional” exercido sobre as “Raparigas” que o amaram verdadeiramente.



Fotos: Andreia Pereira

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